Recebi anteontem, com muita alegria, o novo livro do amigo virtual e vizinho dessa Casa, o Fernando Baião (cuja notícia publicada na Revista África 21 reproduz-se abaixo). Foi uma felicidade imensa chegar em casa e encontrar o volume, acompanhado de outro, de histórias bem escritas sobre Angola (e tudo que diz respeito a esse país interessa imenso a nós todos da Casa), depois de uma epopéia que levou uns 15 dias para atravessar o Atlântico.
Por isso, não sei como e onde (em Lisboa deve ser fácil encontrar, no Rio de Janeiro Baião informa que o livro já está à venda nas livrarias Kitabu e Leonardo da Vinci), mas se eu fosse você corria agora para comprar Kimalanga. Do que li até agora, é bwé, bwé fixe. Viva Baião!
Kimalanga, novo livro de FBaiao
Com a devida circunstância e alguma pompa, foi lançada na Casa de Angola, em Lisboa, a última obra do escritor angolano FBaião, Kimalanga, respigos da história recente de Angola, «destes trinta e três/trinta e quatro anos de independência, naquilo que esses anos têm de mais sério, de mais profundo, (…) mais “estruturante” do que somos /ou não somos/ ou fomos/ ou nunca fomos e das diversas etapas que percorremos até hoje», como diz no prefácio Carlos Ferreira (Cassé). O prefaciador vai mais longe e afirma mesmo peremptoriamente: «O Fernando Teixeira, o Baião, dá-nos um retrato literariamente implacável de um quadrante social claro da nossa Angola de hoje. Porém de uma forma tão encantada, tão sui generis, tão simples
e tão desconcertante, que o lemos de uma só penada, de um só jorro».
Utilizando um estilo coloquial que vai enriquecendo com um crescendo de informações e apartes, sem abandonar uma linha narrativa que encontra na linearidade o seu encanto, FBaião agarra realmente o leitor através da utilização de uma estrutura de texto onde o diálogo é substituído eficazmente por uma narração directa, tão dúctil como fluente, enriquecida por um fino humor que tem tanto de cáustico.
Revista África21– julho 2009
Música de há sessenta anos
Há 11 horas
6 comentários:
Enquanto Lisboa e São Paulo se refestelam, Luanda chupa o dedo e economiza o último livro da pilha.
A vida é mesmo injusta.
eu também já comecei a minha leitura... recomendo muito. M.Jo., você pode encontrar o Kimalanga aí na Chá de Caxinde.
Fui lá hoje. Sábado, a secretaria não abre. Quem sabe na segunda?
bjks
Ahahaha, M. Jo, um verdadeiro "descontrolo" esse seu em busco do livro do F. Baião, ahhaah.
X
Fui de novo no chá. A secretaria estava aberta, mas não é lá que se vendem os livros. É na livraria, outra porta, no andar de cima (escada ennooorrrme). Mas também não tinha o Kimalanga. "Ainda".
Não foi uma viagem de todo perdida. Desci com um Pepetela e um Agualusa, aliviada em 5 mil.
Bjks
Etâ cultura cara :-)
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